O stibadium (pl. stibadia) é um dispositivo extremamente popular desde meados do século III, marcando as alterações no modo de convívio e desfrute do banquete (symposium). As refeições tornam-se mais privadas e hierarquizadas, pelo que o dono da casa chama para junto de si os convidados que têm maior familiaridade e relevância social.
Trata-se de um leito no qual os
convivas se reclinavam, comendo deitados e apoiados em almofadas. Estando mais
confortáveis, podiam conviver durante horas seguidas, desfrutando das iguarias
que lhes eram colocadas - como as ostras atlânticas que na Horta da Torre
encontramos com frequência nas lixeiras.
O stibadium é muito representado na
arte antiga, mesmo em contextos inesperados. Embora todos nós tenhamos em mente
a representação da Última Ceia de Leonardo da Vinci como a pintou Leonardo da
Vinci, com Jesus Cristo e os apóstolos ao longo de uma mesa corrida, na
realidade, as imagens mais antigas deste momento bíblico mostram a cena com um
stibadium, favorecendo a aproximação do grupo.
Imagem: Mosaico do século VI na
basílica de Santo Apollinare Nuovo em Ravenna