De Cabeço de Vide a Castelo de Vide, viagem pela Alta Idade Média

 


A arqueóloga Sara Prata, que está a coordenar a nova carta arqueológica de Castelo de Vide, protagonizou uma ' Conversa ao Fim da Tarde' no Jardim Grande da sede deste concelho do norte alentejano.


A Alta Idade Média foi o mote para uma palestra que juntou duas dezenas de pessoas numa tarde de canícula mas sob a frescura de um jardim com árvores de grande parte e sob o som das águas projectadas pela réplica da famosa escultura de Bruxelas Manneken Pis.


Sara Prata centrou a sua conversa no sítio da Tapada das Guaritas, um sítio da primeira fase da Alta Idade Média escavado de forma completa e onde apareceram grainhas de uva carbonizadas, o que irá aportar dados significativos para o estudo deste sítio ocupado por uma população que também produziu sepulturas escavadas na rocha (em contexto com o habitat).

A arqueóloga dedicou também parte da sua dissertação a falar de sítios de povoamento em época romana, como a cidade de Ammaia e a villa de Torre de Palma, que conheceram uma ocupação imediatamente posterior à queda do império, embora com um uso completamente diverso, tal como aconteceu, aliás, na Horta da Torre. Horta da Torre de que Sara Prata também falou, convidando os presentes para o dia aberto que irá acontecer no próximo dia 14 de setembro em Cabeço de Vide.

António Pita, presidente da Câmara de Castelo de Vide, autarquia que patrocina os trabalhos arqueológicos em curso, assistiu a esta conversa ao fim tarde.