A análise do território envolvente e dos padrões de povoamento em época romana foi realizada em continuidade desde 1999. Contudo, em 2018, a Arqueologia da Paisagem tornou‑se o eixo central do Fronteira Landscape Project, resultante de uma colaboração entre a Universidade de Évora e a Universiteit Leiden financiada pela Prins Bernhard Cultuurfunds, e com co‑direção de Tesse D. Stek, Jesus García Sánchez e Rogier Kalkers (Carneiro et al., 2019, para os primeiros resultados).
Neste quadro, também foi possível realizar em 2018 e 2019 extensas campanhas de prospeção com recurso a geo‑radar. Os resultados foram surpreendentes, permitindo perceber que a villa da Horta da Torre se estende por mais de três hectares de área construída. O estado de conservação das estruturas permite uma leitura clara da organização espacial da villa. O seu modelo planimétrico organiza‑se em torno de dois grandes pátios, como sucede na vizinha villa de Torre de Palma, estando a área em curso de escavação situada precisamente num dos extremos do pátio de maior dimensão. Percebemos assim que a sala seria um espaço destinado a uma frequentação sazonal, visto que para o seu acesso é necessário percorrer um circuito próprio. Da mesma forma, o Fronteira Landscape Project permitiu intensificar a escala de área coberta em prospeções super‑intensivas, partindo da base de trabalhos realizados no âmbito da Carta Arqueológica municipal (1999‑2004).
Os resultados desta análise de Arqueologia da Paisagem são relevantes, mas serão trabalhados em outros estudos, visto que em seguida trataremos os dados da escavação arqueológica.
Equipa de trabalho constituída por João Marques (Geodrone.pt) e Jesus García Sánchez para vôos drone, Gonçalo Lopes para a reconstituição volumétrica, Carlos Carpetudo para a virtualização 3D, Mónica Rolo, Vanessa Dias e Ana Martins para o estudo de espólio e tratamento gráfico. Uma primeira proposta pode ser vista em